O Sindicato, juntamente com a Contraf-CUT e dezenas de outras entidades, apoia a campanha “TRIBUTAR OS SUPER-RICOS” para enfrentar a crise econômica agravada pela pandemia. Ela tem como objetivo a implementação de medidas como o aumento dos tributos sobre as altas rendas, grandes patrimônios e a redução para as baixas rendas e pequenas empresas. O lançamento oficial será realizado nesta quinta-feira, 29 de outubro, com uma transmissão ao vivo pelo Facebook da campanha.
De acordo com o Instituto Justiça Fiscal (IJF), as oito propostas de leis tributárias apresentadas propiciariam arrecadação de R$ 292 bilhões, onerando apenas os 0,3% mais ricos do Brasil.
Entre as mudanças defendidas, estão a correção das distorções do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), a revogação da isenção dos lucros e dividendos, instituição do Imposto Sobre Grandes Fortunas (IGF) sobre as riquezas das pessoas físicas que ultrapassarem R$ 10 milhões, mudança nas regras do Imposto sobre Heranças e Doações, entre outros pontos.
O Sindicato apoia estas medidas tendo em vista a grande desigualdade e a acumulação de riquezas que persistem no Brasil. Segundo a Revista Forbes, o Brasil é o sétimo país do mundo com maior número de bilionários. São 42 pessoas com fortunas superiores a 1 bilhão de dólares. Os super-ricos brasileiros aumentaram sua riqueza durante a pandemia, enquanto cresceu o desemprego e pequenos negócios foram a falência.
Saiba mais detalhes sobre as propostas na cartilha da campanha.
“Para que tenhamos verdadeira justiça social no Brasil, temos que combater a desigualdade e as distorções tributárias. Não é possível que os mais ricos continuem pagando proporcionalmente menos impostos que os mais pobres. Não é possível que alguns poucos sigam explorando trabalhadores e acumulando riquezas enquanto o país volta ao mapa da fome e milhões vivem na miséria. Apoiamos a campanha para que os mais ricos paguem sua parte e para que a crise não seja colocada, mais uma vez, nas costas dos trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindicato, Ramon Peres.