Associado do IJF lança livro sobre Direito e (Des)igualdade

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O associado ao Instituto Justiça Fiscal, Prof. Dr. Rafael Köche, lança o livro “Direito da Alteridade: Democracia e desigualdade nos rastros da (in)diferença”.

O lançamento será no dia 27 de abril, quinta-feira, na Cafeteria Letras & Sabores, na Galeria Cultural da Biblioteca da Unisinos (Av. Unisinos, 950 – São Leopoldo/RS), a partir das 19h30min.

Segue link evento FACEBOOK: https://www.facebook.com/events/209802352855085/ Concentrando esforços para compreender o fenômeno da desigualdade – seus fundamentos e suas consequências -, este livro é resultado de pesquisa transdisciplinar, fomentada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq-Brasil, e desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Direito da Unisinos, com estágio de pesquisa na Universidade de Paris V, França, e na Universidade de Florença, Itália. Veja opinião de especialistas:

“​O Direito da Alteridade traz um questionamento de fundo, cada vez mais atual, que poderia ser sintetizado da seguinte forma: quais os limites legítimos da desigualdade? Trata-se de uma pergunta tão inquietante quanto atual; tão presente no contexto interno brasileiro quanto no cenário internacional; tão carente de uma abordagem filosófica de seus fundamentos quanto dependente de uma análise empírica acerca da extensão e das contraditoriedades resultantes da desigualdade em cada cenário em concreto. Creia ou não, caro leitor, mas a obra em mãos examina tais aspectos com rara precisão! O Direito da Alteridade não é uma descrição nua e crua de um presente apocalíptico que aponta para um futuro pós-apocalíptico tão incerto quanto quase paradoxal: é uma singular fonte de reflexão sobre os rumos da Política, da Economia e sobretudo do Direito no século XXI.​”​

Prof. Dr. Anderson Vichinkeski TeixeiraDoutor e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Florença Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos

​”Concebendo uma justa metáfora para destacar as consequências das políticas atualmente praticadas, Rafael Köche desenvolve aquilo que define por kwashiorkor global (kwashiorkor é um termo derivado de um dos dialetos de Gana e significa “aquele que foi deixado de lado”). Para desenhar uma estratégia contra a pobreza adequada à era da globalização não se deve mais considerar a pobreza como um problema individual, como aconteceu no século XVIII. Em vez disso, deve-se encontrar um cenário que permita conceber novamente a pobreza como um problema político. É necessário “inventar” um novo quadro teórico que permita compreender que o problema não é mais o conflito entre liberalismo e socialismo. É significativo que do Sul do mundo, e propriamente do Brasil, venha a proposta de estabelecer o dever de erradicar a pobreza a partir do “Direito da Alteridade”, como emerge de uma interessante reconstrução da teoria do reconhecimento. É desejável que a obra de Rafael Köche seja como uma pedra lançada no lago, capaz de mover as águas do debate teórico e político, e que encontremos as estratégias para parar de “deixar de lado” fatias sempre crescentes da população mundial.

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Prof. Dr. Emilio Santoro

Doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário Europeu.

Diretor do L’altro diritto, Centro de pesquisas sobre cárcere, marginalidade e migração.

Professor titular de Sociologia e Filosofia do Direito da Universidade de Florença.