Conferência em Lima, Peru, discute fluxos financeiros ilícitos

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Cada ano, os Estados perdem bilhões de dólares com impostos que deixam de ingressar nos cofres públicos. São fortunas que saem do país de forma ilícita, provenientes de atividades como: sonegação de tributos, corrupção, drogas e outros crimes. Esses fluxos financeiros ilícitos corroem a base tributável dos países, dificultam e atrasam o desenvolvimento econômico, afetando a população com a redução de recursos que os governos deveriam aplicar em saúde e educação.

Este foi o tema principal debatido na conferência anual sobre fluxos financeiros ilícitos – “Dinheiro e Recursos Internacionais Escondidos – Financiamento do Desenvolvimento com Transparência”, realizada em Lima, Peru, nos dias 13 e 14 de outubro de 2014, na qual o Instituto Justiça Fiscal – IJF, esteve presente.   O evento foi patrocinado pelas entidades Latindadd e Financial Transparency Coalition.

Saídas financeiras ilícitas de países em desenvolvimento, que totalizam quase US$ 1 trilhão de dólares por ano, corroem a base tributária e comprometem as contas públicas, essenciais para uma boa governança e estabilidade global. Os recursos de corrupção, evasão fiscal e outros crimes representam um ralo para suas economias, sufocando o desenvolvimento e a melhoria em infraestrutura. Maior transparência no sistema financeiro global permitiria aos governos aumentarem suas fontes de receitas, propiciando um desenvolvimento mais sustentável e financiado internamente.

A conferência reuniu funcionários de governos, organizações da sociedade civil, jornalistas e outros especialistas de diversos países para discutir os mecanismos dos fluxos financeiros ilícitos e também as ações que podem ser tomadas para coibir estes fluxos, no intuito de ajudar a financiar o desenvolvimento.

As apresentações e discussões durante esses dois dias do evento também examinaram os  vínculos entre os fluxos financeiros ilícitos e a agenda de desenvolvimento, tributação no setor extrativo, atividades criminais, financiamento climático, entre outros temas Foram apresentadas, ainda, propostas para uma maior transparência financeira.